O impacto real nos valores que os consumidores pagam pode ser diferente do esperado.
Está previsto para o início de março a divulgação do reajuste anual nos preços de medicamentos sob responsabilidade da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED) baseado em diferentes fatores econômicos. Embora o governo anuncie um reajuste no preço dos medicamentos, o impacto real nos valores que os consumidores pagam pode ser diferente do esperado, porque as farmácias não costumam vender os remédios pelo preço máximo permitido (determinado pelo CMED).
Os números calculados pelo CMED contam com quatro fatores para reajustar o preço dos medicamentos,são eles: inflação dos últimos 12 meses (IPCA); custos não captados diretamente pela inflação; concorrência no mercado; e produtividade da indústria farmacêutica. Por enquanto, só a produtividade já foi divulgada, então ainda não há como saber o valor exato do reajuste para 2025.
A nova Reforma Tributária propõe reduzir em 60% os impostos sobre medicamentos, incluindo-os na lista de menor alíquota. Atualmente, 33% do preço dos remédios no Brasil são impostos, enquanto a média mundial é de 6%, e alguns países chegam a zerar a tributação. Com a reforma, a carga tributária pode cair para algo entre 10% e 13%, representando a maior mudança no setor de saúde em décadas. Apesar da redução, o setor esperava uma isenção total, o que não foi possível.
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